quarta-feira, 30 de junho de 2010
Resenha de O Livro dos Lobisomens:
H. P. Lovecraft o coloca como influência importante para suas narrativas sobrenaturais, para George Bernard Shaw representou o personagem inspirador para o seu Pigmarião e é considerado um dos maiores escritores fantásticos do século XIX. O reverendo inglês Sabine Baring-Gould conseguiu dessa forma marcar seu nome na história da literatura, não só por sua excentricidade, mas pela forma que escrevia seus textos
Um de seus trabalhos foi lançado no Brasil, O Livro dos Lobisomens (The book of were-wolfes, tradução de Ronald Kyrmse, Aleph, 208 páginas, R$ 34,00), pelo selo da editora Aleph, que consolida cada vez mais como a editora dos clássicos da literatura fantástica.
O Livro dos lobisomens, publicado originalmente em inglês no ano de 1865, é um trabalho de referência e leitura obrigatória para qualquer um que queira conhecer o mito e um pouco de uma clássica obra de literatura fantástica, além do Drácula de Bram Stoker ou Frankestein de Mary Shelley. Ou como no ótimo prefácio da escritora e jornalista Helena Gomes, diz: “(...) chega na hora boa para reforçar o fôlego milenar de um mito que continua mais do que vivo na nossa imaginação (...)”. Para citar alguns exemplos dessa vivacidade, temos os lobisomens da série Crepúsculo e do mais recente filme, Lobisomem>
Baring-Gould escreveu esse livro, após um incidente ocorrido na França, quando teve que se hospedar numa casa, para não seguir viagem à noite, devido à crença pelos moradores dos loup-garoux, homens lobos que espreitavam á escuridão noturna. Escrito em 1860, o livro é uma tese de investigação sobre as informações contidas deste a antiguidade européia até aquele período, sobre lobisomens. Aborda lendas, contos, folclore, relatos, documentação medieval de serial killers, fatos verídicos que Baring-Goulds vivera ao visitar locais afastados dos grandes centros urbanos, como Londres e Paris.
Um livro que agradará aos aficionados ao tema, mas também aos estudiosos da cultura européia, aos amantes do folclore inquietante e tenebroso, aos estudantes de antropologia, de mitologia e inclusive aos criminalistas e sociólogos. Um clássico trabalho atemporal.
por Cadorno Teles